No planejamento de um novo ambiente, o check-list para a composição de um ambiente pode parecer uma missão complicada. Para começar, é fundamental compreender a finalidade de cada peça, assim como escolher aquela que atende às características do local e necessidades dos moradores. E, na sala de jantar, a história com o buffet não é diferente.
O que deve ser levado em consideração para escolher o mobiliário e combinar com o restante da decoração? A dupla de profissionais – a arquiteta Giselle Macedo e a designer de interiores Patricia Covolo –, sabe que o buffet é acompanhado por dúvidas.
+ Aparador x buffet: descubra a diferença e saiba como incluir essa tendência na sala de jantar
+ 7 tendências desatualizadas de sala de jantar, de acordo com designers
+ Veja dicas de expert para decorar e aproveitar o espaço atrás do sofá!
Para tanto, esclarecem sobre sua finalidade, os pontos a serem observados antes da compra e inspirações com projetos realizados por elas. Acompanhe:
Mas para que serve o buffet?
A combinação entre utilidade e versatilidade sintetizam os principais motivos para a presença do buffet na sala de jantar. Usualmente comprido e retangular, exerce a atribuição de guardar louças, travessas, jogos americanos, faqueiros, taças, entre outros itens empregados em ocasiões especiais, como também recebe artigos decorativos em sua base e dá suporte aos moradores durante os jantares realizados.
Porém, o seu uso não se limita a isso: indo além do jantar, o buffet pode ser considerado como elemento em salas de televisão ou escritórios para o apoio de aparelhos eletrônicos, como apoio no espaço gourmet da varanda ou integrando o paisagismo.
“É muito interessante contar com a flexibilidade que a peça nos oferece para estar em outros ambientes”, relata a arquiteta Giselle. Junto com essas propostas, buffet também pode ser o móvel ‘coringa’ na composição dos espaços. Em livings muito amplos ou integrados com a sala de jantar, o buffet agrega a reponsabilidade de delimitar os ambientes e esconder as costas do sofá.
Buffet x Aparador
É muito comum acontecer uma pequena função entre os dois móveis. Embora semelhantes em sua estética, a principal diferença está pautada na sua estrutura. De acordo com a designer Patricia, “o buffet é caracterizado por ser um móvel com porta e gavetas com profundidade para armazenamento, enquanto o aparador, além da estrutura em ‘U’, com o tampo e as pernas laterais, apresentam, no máximo, duas gavetas”.
“A sua funcionalidade se limita no apoio aos objetos, ao invés de guardá-los. Assim, o aparador fica muito bem adequado, por exemplo, logo na entrada de um imóvel residencial, por exemplo”, complementa a arquiteta.
6 dicas para a escolha de um buffet
1. Faça um levantamento dos itens que serão guardados nele
A premissa é sempre atender o acervo dos moradores. “O primeiro passo é fazer uma lista com os itens que o morador deseja acondicionar no móvel. Apenas com essa visão é que podemos determinar as dimensões como a largura da peça, altura das prateleiras, e estabelecer a quantidade de gavetas”, explica a designer de interiores.
Com uma disposição adequada e equilibrada, no dia a dia fica muito mais fácil acessar o conteúdo e realizar a limpeza. As gavetas e nichos, entre outras divisórias, juntamente as portas do móvel, ajudam a diminuir o acúmulo de pó.
2. Medir o que será guardado
Outro detalhe tão importante quanto saber o que será guardado, é conhecer as medidas do que será guardado, que podem ser grandes ou pequeninos. O buffet ideal é aquele que comporta o conteúdo com conforto e segurança.
No caso das taças, as profissionais contam o dilema frequente que acontece: “por conta das diferenças de alturas, não conhecer a coleção do morador pode incorrer em um espaço menor”, explicam. Para tanto, elas indicam, sempre que possível, medi-los e considerar a execução de uma marcenaria personalizada. “Ao pensar em um modelo pronto de buffet, corre-se o risco de o tamanho padrão não responder às necessidades da casa”, relatam.
3. Escolher o local da casa e comparar as medidas com a do buffet
Só depois de bater o martelo sobre a localização do móvel é que o projeto de décor passa a considerar as medidas. Essa definição vem acompanhada também dos requisitos circulação – o buffet não pode ‘travar’ a circulação, tampouco atrapalhar a passagem quando portas e gavetas forem abertas.
4. Separe sempre uma gaveta para faqueiros
O buffet pode ser o mobiliário ideal para guardar aquele conjunto de talheres especial. Por isso, separar uma gaveta para faqueiros pode ser interessante. A arquiteta Giselle Macedo sugere, por exemplo, a execução sob medida e em veludo, pois além da elegância, contribui para a conservação.
5. Combine com a decoração
Mesmo que hoje em dia a mistura de estilos na decoração seja uma realidade e torne o ambiente moderno, vale tomar cuidado com exageros. O buffet pode ser muito útil para o dia a dia e a organização da casa, mas ele também faz parte da decoração: assim, sua aparência tem que ser prioridade.
“O buffet precisa combinar com a mesa de jantar, mas não necessariamente precisa ter a mesma cor ou acabamento. A criatividade é uma dádiva e deve ser utilizada, porém, todo ambiente precisa ser harmonioso para os olhos. Ele pode ser o destaque em uma sala de jantar, mesmo com tons neutros” reforçam a dupla do escritório Macedo e Covolo.
6. Manutenção
Levando em consideração flexibilidade de uso do buffet, vale considerar o tipo de material empregado, seguir recomendações de limpeza específicas e não sobrecarregar. “Não colocar muito peso nas prateleiras é uma das formas de garantir um bom uso e uma longa vida aos buffets. Também nos preocupamos em proteger o tampo para que o contato com pratos quentes e frios não danifique a madeira”, conclui Giselle.
Quer ver mais notícias como essa? Então, confira em nossas matérias:
+ Rack ou painel de televisão: qual escolher?
+ 17 ideias DIY de decoração para guardar as coisas na sua casa
+ Sala de jantar pequena: 6 ideias de decoração para ganhar espaço
+